quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Girassóis absorvem radiação após crise nuclear no Japão

Milhões de flores são plantadas nas áreas atingidas; mesmo procedimento foi utilizado em Chernobyl

por Globo Rural On-line
José Medeiros
A s sementes de girassol estão sendo distribuídas por monges budistas em Fukushima
Quase seis meses após o tsunami que atingiu o Japão, a população ainda sofre com a presença de radiação em algumas regiões. Uma solução encontrada para diminuir os efeitos e retirar toxinas do solo foi plantar girassóis nessas áreas. Milhões deles.

Segundo informações da rede de televisão americana MSNBC, a planta, conhecida por absorver as toxinas do solo, está sendo plantada em todos os cantos da província de Fukushima, entre os prédios, nos quintais e perto da usina Daiichi, local severamente afetado pelo desastre que atingiu o país.

Praticamente 80 mil pessoas foram forçadas a evacuar suas casas depois da onda de radiação liberada pelas usinas nucleares atingidas pelo tsunami. Um raio de cerca de 50 quilômetros ao redor da usina Daiichi ainda está contaminado. Mais preocupante que isso, a radiação foi encontrada em produtos agrícolas plantados até 100 quilômetros de distância da usina, fora da área de evacuação obrigatória.

As sementes de girassol estão sendo distribuídas por Koyu Abe, monge chefe de um templo budista local. O templo já distribuiu pelo menos 8 milhões de sementes da flor e 200 mil outras plantas, como amaranto e mostarda do campo, que também absorvem radiação.

Essa não é a primeira vez que girassóis são usados para recuperar áreas atingidas por radiação. Depois do acidente de Chernobyl, na Ucrânia, a flor era plantada entre hortaliças em hortas particulares.

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